Colelitíase: Diagnóstico e Abordagens Minimamente Invasivas

A colelitíase, popularmente conhecida como pedra na vesícula, é uma condição caracterizada pela formação de cálculos biliares na vesícula biliar. Essa condição é comum e pode ser assintomática ou causar sintomas como dor abdominal, náuseas e complicações mais graves. O diagnóstico precoce e a escolha do tratamento adequado são essenciais para evitar complicações.

Diagnóstico

O diagnóstico da colelitíase baseia-se em uma combinação de anamnese, exame físico e métodos de imagem:

  • Anamnese e Exame Físico: Avaliação dos sintomas, histórico familiar e fatores de risco, como obesidade, idade, sexo feminino e dieta rica em gorduras.
  • Exames Laboratoriais: Hemograma, dosagem de bilirrubinas, enzimas hepáticas e amilase para avaliar a presença de inflamação ou obstrução.
  • Ultrassonografia Abdominal: Exame de primeira escolha para visualização dos cálculos biliares, devido à sua alta sensibilidade e especificidade.
  • Tomografia Computadorizada (TC): Usada em casos de dúvida diagnóstica ou para avaliação de complicações.
  • Ressonância Magnética (RM) e Colangiopancreatografia por RM: Indicada quando há suspeita de coledocolitíase ou complicações associadas.

Abordagens Minimamente Invasivas

As técnicas minimamente invasivas são preferidas por oferecerem menor tempo de recuperação, menos dor pós-operatória e menor risco de complicações:

  • Colecistectomia Videolaparoscópica: Padrão-ouro no tratamento da colelitíase sintomática. Realizada por meio de pequenas incisões, permite a remoção completa da vesícula com menor trauma cirúrgico.
  • Colangiopancreatografia Retrógrada Endoscópica (CPRE): Indicada em casos de coledocolitíase para remoção de cálculos presentes no ducto biliar comum.
  • Litotripsia por Ondas de Choque: Técnica não cirúrgica usada em casos selecionados para fragmentação dos cálculos biliares.

A colelitíase é uma condição comum que, quando sintomática, requer diagnóstico preciso e tratamento adequado. As abordagens minimamente invasivas, como a colecistectomia videolaparoscópica, têm revolucionado o manejo da doença, proporcionando melhores resultados e qualidade de vida aos pacientes. O avanço contínuo nas técnicas diagnósticas e terapêuticas promete aprimorar ainda mais o cuidado com essa patologia.