A obesidade está intimamente relacionada a distúrbios metabólicos como diabetes tipo 2, hipertensão arterial, dislipidemias e síndrome metabólica. A cirurgia bariátrica, ao promover a perda substancial de peso e alterações hormonais, atua diretamente na melhoria desses quadros.
Diversos estudos apontam para a remissão ou controle significativo do diabetes tipo 2 após a cirurgia bariátrica, especialmente nos procedimentos de bypass gástrico e gastrectomia vertical. A perda de peso, combinada a mudanças hormonais — como o aumento de GLP-1 (peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1) —, melhora a sensibilidade à insulina e o controle glicêmico.
A perda de peso substancial reduz a resistência vascular e melhora a função endotelial, contribuindo para a diminuição dos níveis de pressão arterial. Além disso, a cirurgia promove mudanças positivas nos perfis lipídicos, com redução dos níveis de triglicerídeos e aumento do HDL (colesterol bom).
A obesidade impacta negativamente diversos aspectos da qualidade de vida, incluindo mobilidade, autoestima, interação social e saúde mental. A cirurgia bariátrica promove melhorias nesses campos ao proporcionar uma nova perspectiva de saúde e bem-estar.
A perda de peso significativa contribui para o aumento da autoestima, melhora nas relações interpessoais e maior inserção social. Muitos pacientes relatam redução de sintomas de ansiedade e depressão, além de maior disposição para atividades diárias.
A diminuição do peso corporal reduz a sobrecarga nas articulações, melhorando a mobilidade e a capacidade física para a prática de exercícios. Isso reflete diretamente na manutenção do peso perdido e na promoção de um estilo de vida mais saudável.